segunda-feira, 22 de novembro de 2010

MERCADO DE INSPEÇÃO DE QUALIDADE: 600 pessoas devem trabalhar na refinaria até dezem...

MERCADO DE INSPEÇÃO DE QUALIDADE: 600 pessoas devem trabalhar na refinaria até dezem...: "600 pessoas devem trabalhar na refinaria até dezembro Ribamar CunhaSubeditor de EconomiaO Estado do Maranhão Serão 2 mil pessoas empregadas..."

Refinaria do Maranhão investirá R$ 450 mi em serviços


SÃO LUÍS - Na atual fase dos serviços de terraplenagem, drenagem e acesso da Refinaria Premium I da Petrobras, em Bacabeira, o consórcio GSF – Galvão Construtora, Serveng e Fidens Engenharia necessitará comprar R$ 450 milhões em insumos e serviços. A demanda foi apresentada ontem durante encontro realizado no auditório do Sebrae Jaracati, que reuniu micro e pequenos empresários.

No encontro, que foi uma prévia da Rodada de Negócios que será realizada no período de 10 a 12 deste mês, representantes da Petrobras e do consórcio GSF apresentaram as oportunidades de negócios que serão geradas no processo de instalação da refinaria, especialmente agora, na fase de terraplenagem.

A proposta do encontro, fruto de um convênio firmado entre o Sebrae e a Petrobras é mobilizar as micro e pequenas empresas locais para que possam se habilitar como subfornecedoras ao longo da cadeia de suprimentos da refinaria.

De acordo com o consórcio GSF ao longo de toda a área de influência da refinaria são inúmeras as oportunidades na cadeia de bens e serviços que aparecem como objetos de negociação, incluindo, por exemplo, fornecimento de alimentação, materiais de construção, equipamentos, materiais de informática, vigilância e segurança, entre outros.

O diretor-superintendente do Sebrae, Manoel Pedro Castro, disse que o encontro, que aproxima a Petrobras e o consórcio GSF do empresariado local, cria oportunidades para que também as micro e pequenas que atuam nos setores do comércio, indústria e serviços, também sejam inseridas no processo de instalação da refinaria. “É inaceitável que as empresas locais não participem desse grandioso projeto”, sentenciou.

Para o presidente da Federação das Indústrias do Maranhão (Fiema), Edilson Baldez das Neves, o encontro de ontem se soma a outros já realizados com o objetivo de fortalecer a participação das empresas locais nos grandes empreendimentos em instalação no estado. “Estamos imbuídos, governo, iniciativa privada e demais instituições, nesse objetivo, inserir nossas empresas na cadeia de suprimentos dos grandes projetos”, afirmou.

O representante da Petrobras, Eurico Rocha, destacou o convênio firmado com o Sebrae, que entre as 24 ações previstas, assegura a realização de rodadas de negócios na cadeia produtiva de petróleo, gás e energia, com o envolvimento das micro e pequenas empresas. Para participar das reuniões, as empresas deverão se cadastrar no site www.encontrodenegociospremium1.com.br.

OGX e MPX acham gás em segundo poço na Bacia do Parnaíba no Maranhão

OGX e MPX acham gás em segundo poço na Bacia do Parnaíba no Maranhão


A OGX e a MPX, empresas de óleo e gás e de energia do Grupo EBX, do empresário Eike Batista, encontraram gás natural em um segundo poço em exploração na bacia terrestre do Parnaíba, no bloco PN-T-68. O poço 1-OGX-22-MA também está localizado em Capinzal do Norte, onde houve a primeira descoberta, em agosto deste ano.

De acordo com informações da OGX, a sonda QG-1, fornecida pela Queiroz Galvão, iniciou as atividades de perfuração no poço no dia 23 de outubro deste ano. E que após perfurar os primeiros 10 metros da seção devoniana superior, com fortes indícios de gás, à profundidade de 1.520 metros, a OGX Maranhão decidiu realizar um teste de formação.
O poço foi aberto para fluxo atingindo 1.950 psi de pressão com uma chama de aproximadamente 20 metros. Após a conclusão do teste, a perfuração do poço OGX-22, prospecto denominado Fazenda São José, continuará em andamento até a profundidade total estimada de 3.200 metros em buscas de novos objetivos exploratórios.

“A perfuração deste segundo poço também descobridor, realizada em uma nova estrutura pioneira e independente, a 12,5 km de distância do 1-OGX-16-MA [Califórnia], confirma a presença de uma província petrolífera na região e ressalta o potencial dos nossos blocos”, comentou o diretor-geral da OGX, Paulo Mendonça.

Para o CEO da MPX, Eduardo Karrer, “esta descoberta adicional reforça nossa convicção acerca da importância estratégica do complexo de geração térmica do Parnaíba, que deverá ser um marco na expansão da geração a gás no Brasil e contribuirá significativamente para o crescimento da MPX”.

O secretário estadual de Indústria e Comércio, Maurício Macedo, disse que o anúncio da nova descoberta de gás é uma grande notícia para o Maranhão, trazendo novas perspectivas de desenvolvimento para o estado. “Acredito no potencial do estado e agora mais ainda com a descoberta do gás”, afirmou.

O Complexo de Geração Térmica do Parnaíba, uma parceria 70/30 entre a MPX e a Petra Energia S.A., o qual já possui licença prévia para a implantação de usinas a gás natural que, somadas, podem chegar a 1.863 MW, utilizará o gás natural a ser produzido nos blocos.

A busca por petróleo e gás pela OGX na região se estenderá por vários municípios na Bacia do Parnaíba, além de Capinzal do Norte, onde serão realizadas pesquisas sísmicas. Recentemente a empresa requereu à Secretaria Estadual de Meio Ambiente e Recursos Renováveis (Sema) licença a inclusão de oito municípios com essa finalidade.
As pesquisas sísmicas também serão concentradas nos municípios de Brejo de Areia, Jenipapo dos Vieiras, Lago Verde, Olho d’Água das Cunhãs, Pio XII, Lagoa Grande do Maranhão, Santa Inês e Satubinha.

Saiba mais

A Bacia do Parnaíba localiza-se na porção Nordeste do Brasil e abrange uma área aproximada de 680 mil km², distribuídos pelos estados do Maranhão, Piauí, Tocantins e pequena parte nos estados do Pará, Ceará e Bahia. É limitada ao Norte com as bacias de São Luís e Barreirinhas, a Noroeste com a Bacia do Marajó e ao Sul com a Bacia do São Francisco. A espessura máxima da coluna sedimentar da bacia é estimada em cerca de 3.500 metros.

O poço OGX-22, localizado no bloco PN-T-68, situa-se a aproximadamente 260 km de São Luis, capital do Maranhão.

A OGX Maranhão, sociedade formada entre OGX S.A. (66,6%) e MPX Energia S.A. (33,3%), é a operadora e detém 70% de participação neste bloco, enquanto a Petra Energia S.A. detém os 30% restantes.

600 pessoas devem trabalhar na refinaria até dezembro

600 pessoas devem trabalhar na refinaria até dezembro


Ribamar Cunha
Subeditor de Economia
O Estado do Maranhão

Serão 2 mil pessoas empregadas no pico dos serviços de terraplenagem, drenagem e acesso ao empreendimento que deverão ser concluídos em 18 meses; são mais de 50 funções, entre elas eletricista, operador de máquinas, mestre de obras e topógrafo.

Até o fim de dezembro, deve chegar a 600 o número de trabalhadores no canteiro de obras da Refinaria Premium I, em Bacabeira. Hoje, em torno de 350 homens estão no local contratados para os serviços de terraplenagem, drenagem e acesso à área do empreendimento. A obra está sendo executada pelo consórcio GSF - formado pelas empresas Galvão Engenharia, Serveng e Fidens.

Segundo o gerente do consórcio GSF, Ozanan Pessoa, no pico da obra, que engloba a primeira fase da instalação da refinaria, deverão ser gerados 2 mil empregos para executar serviços diversos em 57 funções, tais como eletricista, operador de máquinas, mestre de obras, encarregado de laboratório e topógrafo.

Os serviços de terraplenagem, drenagem e de acesso à refinaria deverão ser concluídos em 18 meses. Essa obra prepara o terreno para receber as unidades de processamento principais, auxiliares e de utilidades do empreendimento, considerado o maior projeto de refino da América Latina.

Ozanan Pessoa disse que o prazo longo de 18 meses para a conclusão da obra deve-se às condições naturais do Maranhão, que tem um longo período chuvoso. Desse modo, os serviços de terraplenagem serão realizados em etapa, com maior intensidade no período de seca, como agora.

Para não desmobilizar completamente o canteiro durante o inverno, o consórcio já programou obras que poderão ser executadas sem maiores prejuízos, que poderão ser ocasionados pela chuva, como a construção de pontes.

O gerente de Implantação da Refinaria Premium I, Kleber Aragão, afirmou que as obras de terraplenagem, drenagem e acesso, orçadas em R$ 711 milhões, estão bem avançadas, dentro do cronograma previsto. Outros contratos menores serão realizados, como os de acompanhamento topográfico, de vigilância, de arqueologia e de construção de um escritório da Petrobras na área.

A previsão é que licitação para aquisição de equipamentos para montagem das unidades industriais seja realizada em 2011. A fase de instalação do empreendimento criará oportunidades de emprego nas áreas de montagem, caldeiraria, elétrica, entre outras.

A refinaria começará a operar em sua primeira fase em 2014, com a produção inicial de 300 mil barris/dia de petróleo. Numa segunda fase, prevista para o fim de 2016, a planta elevará sua capacidade de produção para 600 mil barris por dia.

Empreendimento dará oportunidade para as empresas maranhenses

Consórcio GSF estima demandas de R$ 450 mi para adquirir serviços e bens de fornecedores

As oportunidades criadas pela Refinaria Premium I, da Petrobras, em Bacabeira, vão além das vagas de trabalho. O empreendimento, que requer investimentos de R$ 40 bilhões, também mobilizará grandes negócios em torno de si, com perspectiva de beneficiar as empresas locais fornecedoras e de bens e serviços.
Somente nesta fase de obras de terraplenagem, drenagem e acesso à área, o consórcio formado pelas empresas Galvão Engenharia, Serveng e Fidens deverá demandar R$ 450 milhões em aquisição de insumos, que poderão ser ofertados por empresas maranhenses.
Nesse leque de oportunidades, as micro e pequenas empresas locais também poderão se inserir, com perspectivas de passar a integrar o mercado fornecedor do consórcio nos 47 tipos de serviços e produtos que aparecem como objetos de negociação: fornecimento de alimentação, madeiras, combustível, materiais de construção, equipamentos e materiais de informática; serviços de malote, vigilância e segurança patrimonial e telefonia, entre outros.

Na I Rodada de Negócios da Refinaria Premium I, realizada dias 10, 11 e 12 deste mês, numa promoção da Petrobras e do Sebrae, 587 micro e pequenas empresas locais de segmentos diversos se inscreveram, das quais cerca de 360 participaram dos encontros com representantes do consórcio, que resultou no valor de R$ 1.255.359,77 negociado.

No encontro, o gerente geral da Refinaria Premium I, Fernando Martinez, alertou as empresas locais para que se preparem, se mobilizem o quanto antes. “Essa é uma fase [início da instalação] de grandes oportunidades e o empresariado local tem que se mobilizar”, disse.

Ao todo, são cerca de 50 tipos de serviços e produtos que aparecem como objetos de negociação: fornecimento de alimentação, madeiras, combustível, materiais de construção, equipamentos e materiais de informática; serviços de malote, vigilância e segurança patrimonial e telefonia, entre outros.

Saiba mais
- Quando a Refinaria Premium I, da Petrobras, iniciar suas operações em 2014, o Terminal Portuário Mearim, que está sendo construído pelo grupo Aurizônia Empreendimentos em Bacabeira, será utilizado para o recebimento de petróleo com destino à unidade de refino como também para a exportação de derivados (QAV, nafta petroquímica, GLP, bunker e coque).

- Em uma segunda etapa, essa logística será realizada pela própria Petrobras, que pretende instalar um terminal com pelo menos sete berços nas proximidades do Porto do Itaqui. No projeto da refinaria está prevista a construção de uma rede de dutos subterrâneos com 90 metros de largura e 55 km de extensão, fazendo a ligação entre a refinaria, em Bacabeira, e o terminal de tancagem em São Luís, onde serão construídos grandes tanques para armazenamento do petróleo bruto e seus derivados.
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Maranhão registra criação recorde de empregos formais em outubro




O Maranhão registrou a criação líquida (saldo entre demissões e contratações) de mais 3.932 vagas de empregos com carteira assinada em outubro deste ano, de acordo com dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), divulgados sexta-feira pelo Ministério do Trabalho e Emprego (MTE).

Em termos absolutos e relativos, o desempenho foi o melhor de toda a série histórica do Caged para este mês. Para efeito de comparação, o Maranhão criou apenas 318 vagas no mesmo período do ano passado. Em outubro de 2008, foram 818 vagas de emprego.

Os números foram comemorados pelo secretário de Trabalho, José Antônio Heluy, que identifica o esforço do Governo do Estado para a melhora significativa nos índices de emprego formal no Maranhão. "Nosso salto de outubro do ano passado para outubro deste ano foi fantástico e inédito; nunca se contratou tanto no mês de outubro em nosso estado", opinou o secretário.

Setores - Os setores que mais contrataram em outubro deste ano, no Maranhão, foram a Construção Civil (1.425 postos), Comércio (1.173) e Serviços (1.124), mantendo a tradicional liderança dos três setores no estado.

No acumulado do ano, de janeiro a outubro, houve o acréscimo de 32.457 postos de trabalho, equivalente a uma expansão de 9,56% - o melhor resultado para o estado desde que o Caged passou a ser registrado, em 1999. O número também deixa o Maranhão em segundo lugar no ranking nacional de geração de empregos, levando em consideração a proporcionalidade da população por estado - atrás apenas de Rondônia.

O município maranhense que mais criou empregos neste mês foi São Luís (3.264 vagas), seguido de São José de Ribamar (260), Balsas (202) e Imperatriz (190).

Brasil teve criação de 205 mil vagas formais em outubro

Brasília - O Brasil registrou a criação líquida (saldo entre contratações e demissões) de 204.804 vagas de emprego com carteira assinada em outubro, informou na sexta-feira o Ministério do Trabalho e Emprego, com base no Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged). O resultado ficou abaixo do recorde histórico para meses de outubro, apurado no ano passado, com saldo de 230.956 vagas formais.

Com o resultado de outubro, o país acumula 2,406 milhões de vagas formais criadas no ano, um recorde histórico para os dez primeiros meses do ano. O melhor resultado anterior em período equivalente, de 2,147 milhões de empregos com carteira assinada, havia sido apurado em 2008.

O desempenho do mercado formal já está próximo da meta de geração de empregos estipulada pelo governo para este ano, que é de 2,5 milhões de vagas.

De acordo com o Ministério do Trabalho, dos 25 subsetores de atividade econômica, oito registraram recorde e cinco tiveram o melhor resultado da série histórica para meses de outubro. Os destaques foram Serviços (com criação líquida de 86.207 postos) e Comércio (+81.347 vagas). No acumulado do ano, 19 subsetores têm recorde histórico. Contudo, a Construção Civil voltou a apresentar perda de dinamismo, apesar do saldo positivo no mês (+11.447 vagas).

Vagas - Em termos regionais, houve criação líquida de vagas formais em 23 estados e no Distrito Federal, com destaque para São Paulo, com abertura de 55.377 postos com carteira assinada. Apenas Goiás (-2.151 postos), Acre (-447 vagas) e Tocantins (-185 empregos formais) registraram resultado negativo em outubro.
O Ministério do Trabalho anunciou também que, desde o início do governo Lula, em 2003, já foram criados 14,929 milhões de empregos com a carteira assinada.

Antecipação - O presidente Luiz Inácio Lula da Silva já havia antecipado os dados do Caged. O presidente comemorou o resultado ao compará-lo com o dos Estados Unidos onde, segundo ele, foram abertas 60 mil vagas a menos no mesmo período.

"Não fiz tudo o que era preciso fazer, mas certamente fiz muito mais do que muita gente esperava", afirmou ele. "Muita gente que passou pela presidência se pergunta: 'Como é que eu não pude fazer o que ele fez'", disse Lula, se comparando aos ex-presidentes.

Veja cidades que mais contrataram e as que mais demitiram em outubro




sexta-feira, 17 de setembro de 2010

Refinaria da Alumar retoma a produção após “apagões”

Alumar

A Alcoa Alumínio e a AWA do Brasil informaram ontem que a produção da refinaria de alumina de São Luís continua a elevar-se gradualmente, na medida em que a fábrica se recupera das conseqüências de “apagões” de energia e da falha ocorrida no seu descarregador de bauxita.

Os custos associados ao aumento de produção e à restauração operacional da refinaria, no valor de aproximadamente US$ 45 milhões, serão registrados nos resultados do terceiro trimestre deste ano. Um descarregador móvel está sendo utilizado temporariamente até que o descarregador permanente entre em operação, o que é esperado para o fim deste mês.

Durante este mês, a refinaria atingiu produção diária recorde em três dias consecutivos. “Esses níveis de produção são extremamente animadores e o resultado direto do trabalho e dedicação de todos os funcionários da refinaria de São Luís”, afirmou Franklin L. Feder, presidente da Alcoa Alumínio. “Estamos avançando na direção de tornar a refinaria de São Luís uma das fábricas mais competitivas no mundo em termos de custo”, acrescentou.

O projeto de expansão da refinaria teve início em janeiro de 2007. Quando alcançar sua plena capacidade, produzirá 3,5 milhões de toneladas de alumina por ano. A ampliação dessa planta, concluída em dezembro de 2009, foi a maior expansão de uma refinaria de alumina já realizada no mundo, com um investimento de R$ 5,2 bilhões.
A refinaria é composta pelas áreas de Digestão, Clarificação, Precipitação e Calcinação. A Fábrica da Redução consome em torno de 60% da alumina produzida na refinaria e o excedente é comercializado pelo Porto da Alumar. A alumina é uma matéria-prima para as indústrias de cerâmicas, vidros, medicamentos e cosméticos.

quarta-feira, 8 de setembro de 2010

END confere maior confiabilidade ao produto.

Os Ensaios Não Destrutivos (END) são testes realizados em materiais acabados ou semi-acabados para verificar a existência ou não de descontinuidades ou defeitos. Estes ensaios são feitos através de princípios físicos definidos, sem alterar suas características físicas, químicas, mecânicas ou dimensionais e sem interferir em seu uso posterior.

O END é uma das principais ferramentas do controle da qualidade de materiais e produtos, contribuindo para reduzir os custos e aumentar a confiabilidade da inspeção. São utilizados na fabricação, construção, montagem, inspeção em serviço e manutenção. Além disso, são largamente aplicados em soldas, fundidos, forjados, laminados, plásticos, concreto, entre outros, nos setores petróleo/petroquímico, nuclear, aeroespacial, siderúrgico, ferroviário, naval, eletromecânico e automotivo.

Entre os métodos de END estão aqueles capazes de proporcionar informações a respeito do teor de defeitos de um determinado produto, das características tecnológicas de um material, ou ainda, da monitoração da degradação em serviço de componentes, equipamentos e estruturas. Os métodos mais usuais são: ensaio visual, líquido penetrante, partículas magnéticas, ultra-som, radiografia (Raios X e Gama), correntes parasitas, análise de vibrações, termografia, emissão acústica, estanqueidade e análise de deformações.

Para obter resultados satisfatórios e válidos, é essencial possuir uma equipe formada por profissionais treinados e qualificados. Os testes também devem seguir os procedimentos de execução de ensaios qualificados com base nas normas e critérios de aceitação e os equipamentos precisam estar devidamente calibrados.

Líquido Penetrante

O ensaio por Líquidos Penetrantes é considerado um dos melhores métodos para a detecção de descontinuidades superficiais de materiais isentos de porosidade, como metais ferrosos e não ferrosos, alumínio, ligas metálicas, cerâmicas, vidros, certos tipos de plásticos e materiais organo-sintéticos. Também são utilizados para a detecção de vazamentos em tubos, tanques, soldas e componentes.

Para aplicar o líquido é usado um pincel, pistola, lata de aerossol ou mesmo a imersão do produto que receberáo ensaio. Depois de aplicado, o líquido age por um tempo de penetração. Depois de remover o penetrante do produto por meio de lavagem com água ou remoção com solventes, um revelador (talco) mostra a localização das descontinuidades superficiais com precisão.

Este método está baseado no fenômeno da capilaridade - o poder de penetração de um líquido em áreas extremamente pequenas devido a sua baixa tensão superficial. Descontinuidades em materiais fundidos tais como gota fria, trinca de tensão provocada por processos de têmpera ou revenimento, descontinuidades de fabricação ou de processo tais como trincas, costuras, dupla laminação, sobreposição de material, trincas provocadas pela usinagem, ou fadiga do material ou mesmo corrosão sob tensão, podem ser facilmente detectadas pelo método de Líquido Penetrante.

Partículas Magnéticas

O ensaio por partículas magnéticas é usado para detectar descontinuidades superficiais e sub superficiais em materiais ferromagnéticos. São detectados defeitos de trincas, junta fria, inclusões, gota fria, dupla laminação, falta de penetração, dobramentos, segregações, entre outros.

O método está baseado na geração de um campo magnético que percorre toda a superfície do material. As linhas magnéticas do fluxo induzido no material desviam-se de sua trajetória ao encontrar uma descontinuidade superficial ou sub superficial, criando assim uma região com polaridade magnética, altamente atrativa a partículas. No momento em que se provoca esta magnetização na peça, aplica-se as partículas magnéticas por sobre a peça que será atraída à localidade da superfície que conter uma descontinuidade formando assim uma clara indicação de defeito.

Alguns exemplos típicos de aplicações são fundidos de aço ferrítico, forjados, laminados, extrusados, soldas, peças que sofreram usinagem ou tratamento térmico (porcas e parafusos), trincas por retífica e muitas outras aplicações em materiais ferrosos.

Para que as descontinuidades sejam detectadas é importante que elas estejam de tal forma que sejam "interceptadas" ou "cruzadas" pelas linhas do fluxo magnético induzido. Consequentemente, a peça deverá ser magnetizada em pelo menos duas direções defasadas de 90º. Para isto, utilizamos os yokes, máquinas portáteis com contatos manuais ou equipamentos de magnetização estacionários para ensaios seriados ou padronizados. O uso de leitores óticos representa um importante desenvolvimento na interpretação automática dos resultados.

sexta-feira, 3 de setembro de 2010

BANCO DE EMPREGO...

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MPX anuncia novos indícios de hidrocarbonetos na seção devoniana do poço OGX-16 na bacia do Parnaíba




A MPX Energia S.A. ("MPX" ou "Companhia") (Bovespa: MPXE3; GDR I: MPXEY) comunica ao mercado que, através de sua coligada OGX Maranhão, foram identificados novos indícios de gás na seção devoniana no poço 1-OGX-16-MA, no bloco PN-T-68, na bacia terrestre do Parnaíba. A OGX Maranhão, sociedade formada entre MPX Energia S.A. (33,3%) e OGX S.A. (66,6%), é a operadora e detém 70% de participação neste bloco, enquanto a Petra Energia S.A. detém os 30% restantes.

Dando seqüência à perfuração do poço OGX-16, foram atingidos objetivos adicionais em duas diferentes formações da seção devoniana, apresentando fortes indícios de gás, comprovando o grande potencial gerador de petróleo desta bacia. Estes objetivos estão aproximadamente 800 metros abaixo do objetivo anterior, divulgado ao mercado no dia 12 de agosto de 2010. Foram identificados folhelhos fraturados da Formação Pimenteiras, chegando a apresentar 909 Unidades de Gás Total (UGT) e coluna de aproximadamente 23 metros. Imediatamente abaixo a esta formação, também foram identificados reservatórios arenosos da Formação Itaim com indícios apresentando 370 UGT em coluna de aproximadamente 25 metros.

A perfuração do poço OGX-16, prospecto denominado Califórnia, continua em andamento em buscas de novos horizontes portadores de hidrocarbonetos. Este poço está localizado a aproximadamente 260 km de São Luis, capital do Maranhão. A sonda QG-1, fornecida pela Queiroz Galvão, iniciou as atividades de perfuração no dia 5 de julho de 2010.

O Complexo de Geração Térmica do Parnaíba, uma parceria 70/30 entre a MPX e a PETRA Energia S.A., o qual já possui licença prévia para a implantação de usinas a gás natural que, somadas, podem chegar a 1.863 MW, utilizará o gás natural a ser produzido nos blocos.

quinta-feira, 2 de setembro de 2010

Comperj – Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro

O Comperj – Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro – será construído numa área de 45 milhões de metros quadrados localizada no município de Itaboraí, com investimentos previstos em torno de US$ 8,38 bilhões. A produção de resinas termoplásticas e combustíveis consolidará o Rio de Janeiro como grande concentrador de oportunidades de negócios no setor, estimulará a instalação de indústrias de bens de consumo que têm nos produtos petroquímicos suas matérias-primas básicas e irá gerar cerca de 212 mil empregos diretos, indiretos e efeito renda, em âmbito nacional. Com início de operação previsto para 2012, o Comperj tem como principal objetivo aumentar a produção nacional de produtos petroquímicos, com o processamento de cerca de 150 mil barris/dia de óleo pesado nacional.

Mais desenvolvimento, mais empregos

Por sua dimensão, o Comperj transformará o perfil socioeconômico da região de influência do empreendimento – que inclui os municípios de Cachoeiras de Macacu, Casimiro de Abreu, Guapimirim, Itaboraí, Magé, Maricá, Niterói, Nova Friburgo, Rio Bonito, Rio de Janeiro, São Gonçalo, Saquarema, Silva Jardim, Tanguá e Teresópolis – e consolidará o Rio de Janeiro como grande concentrador de oportunidades de negócios no setor de petroquímicos. Sua produção estimulará a instalação, em municípios da área de influência do empreendimento, de indústrias de bens de consumo que têm nos produtos petroquímicos suas matérias-primas básicas.

domingo, 29 de agosto de 2010

Petrobras vai explorar gás e petróleo no MA

Mapa do gás no Maranhão



O potencial da Bacia do Parnaíba, nova fronteira de gás e petróleo do Brasil, descoberta no Maranhão, será explorado também pela Petrobras. A empresa recebeu da Secretaria de Estado do Meio Ambiente e Recursos Naturais (Sema) licenças de instalação e de operação para realizar pesquisa sísmica em 2D (duas dimensões) no bloco BT-PN-3.

A pesquisa abrangerá 15 municípios, entre eles Capinzal do Norte, onde recentemente a OGX encontrou uma grande reserva de gás natural, estimada em 15 trilhões de pés cúbicos.

 
A pesquisa sísmica da Petrobras se estenderá aos municípios de Codó, Dom Pedro, Gonçalves Dias, Governador Archer, Governador Eugênio Barros, Governador Luiz Rocha, Graça Aranha, Presidente Dutra, Santa Filomena do Maranhão, São Domingos do Maranhão, São João do Sóter, São José dos Basílios, Senador Alexandre Costa e Tuntum.


O pedido de licenciamento havia sido solicitado pela Petrobras em meados de abril deste ano e no último dia 16 de agosto foi autorizado pelo secretário estadual de Meio Ambiente, Washington Rio Branco, após passar por rigorosa e criteriosa análise de documentos e dos possíveis impactos ambientais da atividade na região.

“Todos os pedidos de licenciamento ligados às atividades de pesquisa e exploração de petróleo e gás no Maranhão estão sendo analisados de forma responsável, com a devida austeridade”, afirma o secretário Washington Rio Branco, ao informar que na emissão das licenças constam recomendações, condicionantes e exigências que deverão ser cumpridas pela Petrobras.
Embora a Petrobras não tenha se manifestado sobre a obtenção do licenciamento, ao justificar “período de silêncio legal”, extraoficialmente há informações de que a pesquisa sísmica seja iniciada ainda este ano.
O bloco BT-PN-3 foi arrematado pela Petrobras, em consórcio com as empresas Vale e Devon Energy (companhia americana), pelo valor de R$ 201 mil na 9ª Rodada de Licitação de blocos exploratórios de petróleo e gás natural, realizada em novembro de 2007, pela Agência Nacional de Petróleo (ANP). O contrato de concessão da área foi assinado em março de 2008, com vigência de seis anos para fase de exploração 27 anos para a etapa de produção.

A Bacia do Parnaíba integra as ações do Plano Plurianual de Geologia e Geofísica da ANP (2007/2011). Desde 2008, o órgão investiu R$ 6,3 milhões em levantamento geoquímico na região.

Investimentos que estão sendo intensificados agora pela Petrobras e também pela própria OGX, motivada pela descoberta de gás natural em Capinzal do Norte. A empresa, pertencente ao empresário Eike Batista, deverá elevar o número de poços a serem perfurados, de sete para 15 e realizar novos levantamentos sísmicos em 2D e 3D na região.

Barreirinhas é outra área com potencial para produzir gás no MA Bacia de Barreirinhas cobre parte da costa do Estado do Maranhão.




SÃO LUÍS - Outra área com potencial para a produção de gás natural é a Bacia de Barreirinhas (terrestre), onde foram arrematados três blocos em leilão realizado pela ANP. No próximo dia 3 de setembro, às 10h, o consórcio Perícia/Engepet, Panergy e a ANP assinarão contrato de concessão dos campos de Oeste de Canoas e de Espigão, em solenidade na Federação das Indústrias do Maranhão (Fiema).

As áreas de Oeste de Canoas e de Espigão, mais a de São João, foram arrematadas na 2ª Rodada de Licitações de Áreas Inativas, realizado pela ANP em junho de 2006. Mas, devido a questionamentos ambientais, o processo de assinatura do contrato de concessão demorou quatro anos.

Os campos de Oeste de Canoas (Perícia/Engepet) e de Espigão (Panergy) têm, juntos, uma reserva estimada de 350 milhões de m³ de gás natural, o que daria para abastecer todo o mercado veicular e algumas indústrias no estado. O volume seria suficiente para 10 anos de exploração.

A área de Oeste de Canoas, que foi arrematada pela Perícia/Engepet por R$ 3,2 milhões, deverá ter investimentos de R$ 7,5 milhões em intervenção nos poços e mais R$ 10 milhões no transporte do gás natural, que será efetuado por carretas até São Luís. Este campo terá capacidade para produzir 100 mil m³/dia de gás natural.

O outro campo, o de Espigão, arrematado por R$ 1,1 milhão pela Panergy, deverá receber investimentos de R$ 6 milhões na intervenção dos poços e R$ 5 milhões no transporte do gás natural, por meio de gasoduto e caminhões.

A única área ainda com pendências é o campo de São João, que recebeu o maior lance no leilão da ANP, sendo arrematado por R$ 4,2 milhões pela empresa Rio Proerg. Mas a expectativa é de que em breve também seja assinado o contrato de concessão para que se inicie a perfuração de poços.

sexta-feira, 27 de agosto de 2010

INSPEÇÃO DE END NO MARANHÃO: Plataforma de petróleo da OGX chega ao sistema por...

INSPEÇÃO DE END NO MARANHÃO: Plataforma de petróleo da OGX chega ao sistema por...: "O navio cargueiro Triumph ancorou ontem nas proximidades do Complexo Portuário de São Luís (CPSL) trazendo uma plataforma de petróleo para..."

Plataforma de petróleo da OGX chega ao sistema portuário de SL.


O navio cargueiro Triumph ancorou ontem nas proximidades do Complexo Portuário de São Luís (CPSL) trazendo uma plataforma de petróleo para a OGX Petróleo e Gás, que será utilizada em operações na Bacia Pará-Maranhão. Trata-se da plataforma Ocean Scepter, com capacidade para perfurar poços de aproximadamente 11 mil metros de profundidade, em lâmina d'água máxima de até 100 metros.

A OGX divulgou a contratação da Ocean Scepter, que pertence à empresa Diamond Offshore, em maio deste ano. De acordo com a OGX, trata-se de uma plataforma ideal para perfurações em lâminas d'água como a da bacia do Pará-Maranhão, que é considerada nova fronteira do setor de petróleo e gás e apresenta modelo geológico similar ao de Gana (Oeste da África), onde descobertas significativas foram realizadas recentemente, segundo a empresa.

A plataforma, primeiramente, vai passar por um período de manutenção. De acordo com a Capitania dos Portos do Maranhão (CPMA), o equipamento ficará fundeado (ancorado) na chamada Área 7, nas imediações do Terminal Portuário Ponta da Madeira (TPPM/Vale). A OGX ainda não divulgou a data e o horário do desembarque da plataforma. Fontes no setor portuário informaram que a operação deve ocorrer ainda hoje.
Para desembarcar a plataforma do convés do cargueiro, será realizada uma operação complexa. O navio, com 150 mil toneladas de peso bruto, 217 metros de comprimento, 45 metros de largura e 10,9 metros de calado, vai inundar os porões com água até que o convés fique submerso. Dessa forma, a plataforma poderá flutuar e, com auxílio de barcos rebocadores, será manobrada para um ponto fixo da baía. Em seguida, o cargueiro poderá voltar à tona e seguir viagem.
Bacia – De acordo com informações do portal eletrônico da OGX, a Bacia do Pará-Maranhão possui uma área sedimentar total de aproximadamente 100 mil quilômetros quadrados (km²). Atualmente, a empresa tem direitos de concessão sobre cinco blocos exploratórios na região, cobrindo uma área total de 960 km².
Ainda segundo a OGX, atividades anteriores de perfuração em áreas próximas a três dos blocos da empresa indicaram a presença de petróleo leve na região. Tendo por base as informações originadas do Relatório de Recursos Potenciais elaborado pela DeGolyer & MacNaughton, em setembro de 2009, os recursos potenciais riscados líquidos nos blocos da Bacia do Pará-Maranhão são estimados em média de 447 milhões de barris de óleo equivalente (BOE), considerando uma probabilidade média de sucesso de 21,3%.

Para o secretário estadual de Indústria e Comércio (Sinc), Maurício Macedo, a nova campanha a ser realizada pela OGX é uma conseqüência natural dos projetos e pesquisas que a empresa tem feito no Maranhão.

“É mais do que natural nesse momento, em que a OGX obteve resultados positivos em bacia terrestre, que também intensifique suas pesquisas na plataforma marítima, vislumbrando, quem sabe, uma nova grande reserva de petróleo e gás em nosso litoral”, declarou Macedo, referindo-se à descoberta de reserva de gás natural em Capinzal do Norte, com potencial estimado em 15 trilhões de m³ de pés cúbicos, o que fará do estado um dos maiores produtores de gás no mundo.

Novos campos de gás já em estudo no MA

Além de Santo Antônio dos Lopes, na semana passada, o grupo OGX recebeu a licença de operação para a realização de pesquisas sísmicas nas cidades de Alto Alegre do Maranhão, Altamira do Maranhão, Bacabal, Bom Lugar, Coroatá, Paulo Ramos, Vitorino Freire e Santa Luzia.

A partir das próximas semanas, serão iniciados os estudos sísmicos visando encontrar novos indícios de gás natural, mas na cidade de Santo Antônio dos Lopes, localizada a 280 km de São Luís.

Os estudos ocorrerão no povoado Pau Ferrado, a 3 km da sede de Santo Antônio dos Lopes. Os equipamentos e a logística serão “importados” de Capinzal do Norte. Na prática, os equipamentos que hoje estão em Capinzal serão deslocados para Santo Antônio dos Lopes. O terreno onde provavelmente será realizada a pesquisa sísmica é de uma família de lavradores. A empresa OGX já recebeu a Licença Prévia para a realização das atividades de prospecção na área. Estimativas extraoficiais dão conta de que nos próximos 10 ou 15 dias serão iniciados os trabalhos na região.
O prefeito de Santo Antônio dos Lopes, Aurélio Mendonça (PSDB), afirmou que o grupo OGX está há aproximadamente um ano sondando o município para a realização de pesquisas de viabilidade comercial de extração de gás. Dois poços devem ser furados. Além do povoado de Pau Ferrado, o outro ficaria nas proximidades da construção da termelétrica, no povoado Demanda. “Por conta disso, há uma expectativa muito grande aqui na cidade. O único poder aquisitivo que tem, na verdade, é a Prefeitura. Não existe emprego diretamente”, declarou Mendonça.

Ao todo, a OGX esperava, inicialmente, perfurar apenas cinco poços para a exploração comercial na região. Mas com a descoberta em Capinzal do Norte, Eike Batista já fala em perfurar 10 poços. Além de Santo Antônio dos Lopes, na semana passada, o grupo OGX recebeu a licença de operação para a realização de pesquisas sísmicas nas cidades de Alto Alegre do Maranhão, Altamira do Maranhão, Bacabal, Bom Lugar, Coroatá, Paulo Ramos, Vitorino Freire e Santa Luzia. Nestes casos, as sondas de pesquisa devem vir de outras cidades nordestinas onde o grupo OGX já realiza atividades de levantamento de viabilidade de exploração comercial de petróleo.

Termelétrica - Além da possibilidade de ter um campo de exploração, a cidade de Santo Antônio dos Lopes vive a expectativa de receber uma usina termelétrica, com capacidade inicial para gerar 1,8 mil MW de energia, a gás, provavelmente da extração da cidade de Capinzal do Norte. Essa termelétrica, pela dimensão da descoberta em Capinzal do Norte, pode ter capacidade de gerar até 3,9 mil MW.

O terreno onde deverá ser construída a termelétrica fica no povoado de Demanda, a cerca de 10 km da cidade de Santo Antônio dos Lopes. O povoado é habitado por 45 famílias de lavradores que dependem da agricultura familiar e da roça para sobreviver. Homens esses que vêem na termelétrica uma chance para sair da pobreza e ter uma vida melhor.

São homens como o lavrador Dário Mota Sampaio, casado, cuja esposa está grávida de seis meses. Dário era analista de laboratório na cidade de Balsas, quando a mãe, moradora de Santo Antônio dos Lopes, teve câncer e está em tratamento. Ele largou emprego, um salário de R$ 600, para morar com a mãe e ganhar algo com agricultura familiar. Hoje depende de atividades informais de trabalho para sobreviver com a família. “Eu sou muito ligado a minha mãe, por isso larguei tudo”, disse. “Minha esperança é essa termelétrica. Esperança para mim e para que eu possa dar um futuro melhor para a minha família.

Do lado da Prefeitura, a expectativa é que a termelétrica possa gerar, além de emprego e renda, uma melhoria no nível de arrecadação da cidade. Assim como Capinzal do Norte, Santo Antônio dos Lopes depende de recursos federais para sobreviver. Em transferências federais, a cidade arrecadou em sete meses algo em torno de R$ 5,8 milhões. Impostos municipais como ISS e IPTU geram uma arrecadação um tanto quanto irrisória. Algo em torno de R$ 5 mil ao mês. Com a termelétrica, eles esperam arrecadar pelo menos 100 vezes mais. Até 500 mil ao mês. “Com esse dinheiro, tenho condições de fazer escolas e hospitais sem depender de convênios com a empresa”, disse, otimista, o prefeito Aurélio Mendonça.

Novo campo está em área onde ocorriam festejos

Terreno próximo a uma igreja pertence há 80 anos a família de agricultores

Coincidência ou ação divina,  local onde provavelmente será realizado os próximos estudos de viabilidade de extração de gás comercial fica no local onde já foi realizado, durante 62 anos, o festejo de São Francisco das Chagas, no povoado Pau Ferrado, em Santo Antônio dos Lopes.

O terreno onde provavelmente ocorrerá os próximos estudos sísmicos é de uma família de lavradores. Eles conversaram com O Estado, mas pediram para não serem fotografados. “Ainda não está totalmente certo se (a pesquisa) será nesse terreno”, afirma um dos integrantes da família. “Falar eu até falo, mas sem foto”, diz o lavrador Evaldo Silva, de 43 anos, filho da proprietária do terreno, dona Maria do Socorro Rocha da Silva.

O fato é que essa área foi comprada por essa família há aproximadamente 80 anos. O patriarca, José Maria da Silva, hoje falecido, disse aos filhos que por hipótese nenhuma esse terreno deveria ser vendido. A matriarca, ainda viva, corrobora com essa tese. Os filhos, seis ao todo (cinco mulheres e um homem) também não pretendem vender a área. “Eu até concordo com o estudo, mas ainda bem que eles não falaram em comprar o terreno. Eu não deixaria”, disse Evaldo Silva.

Ele ainda assinalou. “Meu pai era um visionário e imaginava que poderia ter algo especial naquela terra. Ele somente não pensava que poderia ser gás. Mas ele sempre nos falou que aquela terra tinha um valor maior que as outras. Gostaria muito que ele tivesse vivo. Acho que ele seria o primeiro a incentivar as pesquisas em nossas terras”, declarou Silva.

Hoje, o local ainda tem uma igreja católica onde era realizado o festejo. Um festejo que foi criado pela matriarca da família e que foi uma característica dos Rocha Silva durante muitos anos. “Minha mãe organizava o festejo com muito carinho. Era muito interessante aquela época”, finalizou Silva.